29 maio 2011

Maturidade

Significado de Maturidade
s.f. Estado das pessoas ou das coisas que atingiram completo desenvolvimento.
Período de vida compreendido entre a juventude e a velhice.

Frases sobre Maturidade
"A verdadeira maturidade é atingir a seriedade de uma criança brincando." (Søren Kierkegaard)
"A maturidade do homem consiste em haver reencontrado a seriedade que tinha no jogo quando era criança." (Friedrich Nietzsche)
"O ser capaz de viver em paz e tranqüilidade durante algum tempo é testemunho de maturidade." (Irvine Page)
"A maturidade não passa de um longo percurso durante o qual se diz o que não deveria dizer-se. É isso precisamente a arte da conversação." (Oscar Wilde)
"Chega uma época em que nos damos conta de que tudo o que fazemos se transformará em lembrança um dia. É a maturidade. Para alcançá-la, é preciso justamente já ter lembranças." (Cesare Pavese)
"Agora, em pleno ciclo da maturidade, percebi que as mudanças se processam lentamente e a gente vai se transformando com naturalidade, quase sem se dar conta." (Arlete Salles)
"O primeiro sinal de maturidade é descobrir que o botão de volume também vira para a esquerda." (Jerry M. Wright)
"Um dia você aprende que maturidade tem mais a ver com os tipos de experiência que se teve e o que você aprendeu com elas, do que com quantos aniversários você celebrou." (William Shakespeare)
"A maturidade começa quando estamos... Para sentir que estamos certos de alguma coisa, sem sentir a necessidade de provar que outra pessoa está errada." (Sidney J. Harris)
"A mulher chega à maturidade quando seus sapatos começam a incomodá-la mais do que os homens." (Aldo Cammarota)
"Um dos maiores ganhos da maturidade é a perda dos medos juvenis. Os problemas continuam existindo, mas são mais fáceis de serem contornados." (Maria Tereza Maldonado)
"Sua maturidade começa a crescer quando você começa a perceber que sua preocupação com os outros é maior que com si mesmo." (John MacNaughton)
"Na juventude, aprendemos; na maturidade, compreendemos."
(Marie von Ebner-Eschenbach)
"Errar é humano, tropeçar é comum. Ser capaz de rir de si mesmo é maturidade." (William Arthur Ward)
"A maturidade só chega quando se perdoa os pais." (Bertrand Russell)
"Maturidade é quando a ansiedade é menos ansiosa." (Fafá de Belém)
"A juventude é uma conquista da maturidade." (Jean Cocteau)
"Maturidade: Assumir a liberdade." (Herminio Castella)


A opinião comum possivelmente será de que uma pessoa madura não mente, não comete qualquer falta anti-social; sabe sintetizar com inteligência o seu pensamento, tem opiniões que conciliam vários aspectos de uma questão; não é loquaz, não faz críticas violentas nem estabelece polémicas; argumenta com serenidade e nunca está ociosa mas faz as coisas em tempo, com interesse e sem alarde; sabe comandar sem desrespeitar os subordinados; é amiga das pessoas de modo sincero e honra os vínculos estabelecidos com elas. Torna-se por isso alguém de quem todos falam bem e que se gabam de conhecer, e nunca está isolada. Ela induz nos outros o desejo de imitá-la, tanto nos seus modos, como na sua sensatez e objetividade. Tem um temperamento amável, como se fosse feliz por ser do modo que é, e seu agir maduro uma forma de prazer. Mas existira alguma pessoa com uma maturidade assim tão completa?

Desenvolvimento Moral

Relativamente ao tema Desenvolvimento Moral achamos por bem postar algumas opiniões de alguns autores relativamente ao tema “Moral”

“A Moral Pura é Impossível A nossa moral é a cristalização de um movimento interior completamente diferente dela! Nada do que dizemos faz sentido. Pensa numa frase qualquer, ocorre-me, por exemplo, esta: «Numa prisão deve imperar o arrependimento!» É uma frase que se pode pronunciar com a melhor das consciências, mas ninguém a toma à letra, senão estávamos a pedir o fogo do inferno para os encarcerados! Como é que a entendemos então? Há com certeza muito poucos que saibam o que é o arrependimento, mas todos dizem onde ele deve imperar. Ou então pensa em algo de exaltante: como é que isso se mistura com a moral? Quando é que estivemos com o rosto tão mergulhado no pó que isso nos faça sentir a bem-aventurança do arrebatamento? Ou então toma à letra uma expressão como «ser assaltado por um pensamento»: no momento em que sentisses no corpo um tal contacto já estarias no limiar da loucura! Cada palavra quer então ser lida na sua literalidade para não degenerar em mentira, mas não podemos tomar nenhuma à letra, sob pena de o mundo se transformar num manicómio! Há uma qualquer grande embriaguez que se eleva daí sob a forma de uma obscura recordação, e de vez em quando imaginamos que todas as nossas experiências são partes soltas e destruídas de uma antiga totalidade que um dia se foi completando de maneira errada.”
Robert Musil, in 'O Homem sem Qualidades'


“O Bem Moral Não quero deixar passar o ensejo de indicar a diferença entre o bem em geral e o bem moral. Ambas as noções têm algo de comum e mesmo indissociável: nada pode ser considerado um bem se não tiver uma parcela de bem moral, e o bem moral é indiscutivelmente um bem. Qual é então a distinção entre as duas categorias? O bem moral é o bem absoluto, no qual se realiza totalmente a felicidade, e graças ao contacto dele todas as outras coisas se podem tornar formas de bem. Exemplificando: há coisas que em si nem são boas nem são más, tais como o serviço militar, a carreira diplomática, a jurisprudência. Se estas tarefas forem realizadas conformemente ao bem moral, começam a tornar-se bens e passam, de indiferentes, para a categoria do bem. O bem, em geral, depende de estar ou não associado ao bem moral; o bem moral é em si mesmo o bem; o bem em geral está dependente do bem moral, enquanto o bem moral depende apenas de si. Tudo quanto é simplesmente um bem poderia ter sido um mal; o bem moral, pelo contrário, nunca poderia deixar de ter sido um bem.”
Séneca, in 'Cartas a Lucílio'

A Moral, para o Bem e para o Mal Os sentimentos morais não são inatos, mas adquiridos, mas tal não significa que não são naturais, pois é natural para o homem, falar, raciocinar, construir cidades, cultivar a terra, apesar destas competências serem faculdades que são adquiridas. Os sentimentos morais, na realidade, não fazem parte da nossa natureza, se entendermos por tal que deviam estar presentes em todos nós, num grau apreciável, realidade que indubitavelmente é um facto muito lamentável, reconhecido até pelos que mais veentemente acreditam na origem transcendente destes sentimentos. No entanto, tal como as outras faculdades referidas, a faculdade moral, não fazendo embora parte da nossa natureza, vai-se desenvolvendo naturalmente; tal como as outras, pode nascer espontaneamente e, apesar de muito frágil, no início, é capaz de atingir, por influência da cultura, um grau elevado de desenvolvimento. Infelizmente, também, mas recorrendo, tanto quanto é necessário, às sanções externas, e aproveitando a influência das primeiras impressões, ela pode ser desenvolvida em qualquer direcção, ou quase, a ponto de não haver ideia, por mais absurda e perigosa que possa ser, que não se consiga impor ao espírito humano, conferindo-lhe, pelo jogo dessas influências, toda a autoridade da consciência.
John Stuart Mill, in 'Utilitarismo'

O Projecto de Milwaukee

O Projecto de Milwaukee foi, em 1960 um projecto inovador, Rick Heber, impulsionador do projecto, procurava entender com provas evidentes se o processo de educação e formação dos indivíduos, se baseava directamente com as condições do meio em que estavam inseridos, assim como, entender alguma da capacidade de alterar padrões de desenvolvimento intelectual com o afastamento desses mesmos em idade precoce, e se, essa mudança se prolongaria ao longo da vida dessas mesmas pessoas em análise. No caso o investigador, utilizou como grupo experimental, 40 bebés recém-nascidos, de famílias onde o nível de Q.I. era de 80 numa zona específica de Milwaukee. Esse grupo experimental, ou seja, a essas crianças, foram-lhes proporcionados condições de alimentação e conforto mais elevadas do que, a um mesmo grupo que serviu de grupo de controlo, que, logicamente, não lhes havia sido alterada qualquer condição às normais, relativamente a: educação, alimentação e formação. Este teste, englobou não só as crianças, assim como as famílias das mesmas, às quais foram proporcionadas condições superiores às do grupo de controlo. O estudo permitiu constactar, que as crianças do grupo experimental, à idade dos 6 anos, apresentavam um nível de Q.I. médio de 120. Enquanto, na mesma idade, as crianças do grupo de controlo se ficavam pelos 87. O que se verificou posteriormente, foi que, ao serem colocadas no mesmo meio, que as crianças do grupo de controlo, as crianças do grupo experimental conheceram um regressão intelectual, com testes efectuados aos 10 anos de idade. No grupo experimental as crianças baixaram até os 105 enquanto que as do grupo de controlo se situavam nos 85. Envolvido em bastante polémica, este estudo, acabou por não se permitir à publicação dos seus resultados. Mas serviu de objecto de estudo aos psicólogos das gerações posteriores a Heber.

Estádios de desenvolvimento

Neste assunto temos dois filósofos de renome que dividem os estádios de desenvolvimento de formas bem distintas.
Enquanto Freud considera que se trata de um desenvolvimento psicossexual que se dá até à puberdade. Por outro lado, Erikson propõe um desenvolvimento psicossocial.
Do ponto de vista de Freud o desenvolvimento está dividido em cinco estádios: oral, anal, fálico, latência e genital. Todo o desenvolvimento assenta numa perspectiva das relações com os outros, bem como nas suas atitudes perante os mesmos. Os estádios relacionam-se com a zona erógena que é interveniente em cada fase, passando por vários conflitos, que representam essa mesma fase.

Erikson descreve um desenvolvimento psicossocial ao longo de toda a vida do Homem. Assim, este autor, divide o desenvolvimento em oito estádios: confiança/desconfiança, autonomia/dúvida e vergonha, iniciativa/culpa, indústria/inferioridade, identidade/confusão de identidade, intimidade/isolamento, generalidade/estagnação e integridade/desespero.
Desta forma, apresenta-nos uma descrição complexa do processo cognitivo, sendo, considerado por muitos, o mais correcto.

Por fim, numa avaliação de grupo acabamos por concordar que a avaliação psicossocial de Erikson, será a mais completa e também, por isso, será a mais correcta. Por outro lado, salientamos a importância da avaliação psicossexual de Freud, uma vez que esta nos apresenta outro ponto de vista do desenvolvimento referindo-se a uma perspectiva do desenvolvimento físico, em detrimento do cognitivo.

Desenvolvimento da criança

Existem, claro está várias perspectivas, e teorias acerca dos aspectos relacionados com o desenvolvimento cognitivo das crianças. Importa realçar, que, é mais ou menos consensual a divisão das fases anteriores à pré-adolescência em outras três fases gerais. Sendo assim, e no caso focando no estudo apresentado pelo psicólogo Piaget, temos o período sensório-motor, período pré operatório e o período das operações concretas. As nomenclaturas destas diferentes fases, permitem por si só uma análise geral com algum rigor das características essenciais dos períodos em questão. Interessa então apresentar algumas considerações defendidas pelo autor em questão. Podemos realçar a imitação e o agir antes do pensar como característicos das crianças ao longo deste estádio que se situa geralmente entre os 18 meses e os 2 anos. Na sua globalidade as crianças interagem com o próprio corpo, há uma focalização nele mesmo, e é também através dele que realizam o processo de imitação de uma forma muito característica nesta fase, como que a descobrirem-se através do acto de imitar os outros tomando consciência do seu próprio corpo. No período pré operatório existe algo de extremamente importante no desenvolvimento das crianças, a linguagem, a fala, é, nesta fase que as crianças desenvolvem o acto de comunicar através das palavras, dos símbolos, surgem também os desenhos, as crianças tomam a consciência da representação simbólica, o raciocínio está numa fase de desenvolvimento concreta. O pensamento torna-se anterior ao acto de agir em si, é nesta fase, que as crianças começam a tomar consciência dos comportamentos dos adultos, e a interregorar o porquê das coisas. Após esta fase, de maior ou menor longevidade, dos 2 aos 7 anos, geralmente, as crianças, por norma entram na fase denominada por Piaget como a fase ou período das operações concretas, onde para além do raciocínio as crianças são capazes de estabelecer um pensamento lógico, compreendem a reversibilidade, até então algo de pouco ou nada perceptível, entendem que o pai também é filho. É também nesta fase que adquirem conhecimentos e memórias que perdurarão ao longo de toda a sua vida.

Hereditariedade versus Meio

A hereditariedade e o meio são duas componentes importantes no desenvolvimento do Homem. Mas qual das duas componentes será a mais influente?
A hereditariedade é caracterizada pela informação genética proveniente dos progenitores, desde o sexo do indivíduo, até à sua altura, cor de cabelo, olhos, etc.
O meio é tudo o que nos rodeia, a nossa família, amigos, a zona onde vivemos, a escola que frequentamos, o clima do nosso pais, entre outros.
Analisando o que é a hereditariedade e o meio, e depois de estudarmos casos como o da Genie, e aproveitando exemplos como os de gémeos verdadeiros, é da opinião do grupo que o meio é muito mais influente no desenvolvimento do individuo que a hereditariedade. No caso da Genie o seu código genético era como o de qualquer outro ser humano, mas a falta de um ambiente envolvente fez com que ela se tornasse numa pessoa totalmente à parte da sociedade, não falava, não caminhava correctamente, não seguia qualquer regra da sociedade. Em casos como os de gémeos verdadeiros, deparamo-nos com dois indivíduos com o genótipo mais semelhante do que quaisquer outros seres humanos e que mesmo assim conseguem em grande parte dos casos terem personalidades totalmente diferentes.
Ainda assim não podemos afirmar que a hereditariedade não tem importância no desenvolvimento do ser humano, simplesmente proporciona potencialidades que necessitam de um meio favorável para se desenvolverem. O exemplo das crianças selvagens criadas no meio dos animais sem contacto humano são incapazes de falar, caminhar e agir como seres humanos, apesar de isso fazer parte da sua hereditariedade.

09 abril 2011

Caso “Genie” – Opinião do Grupo

Depois da visualização de um documentário sobre Genie foi pedido à turma que realizassem uma reflexão sobre o que tinham retido. Aqui estão as reflexões de cada membro do grupo:

Reflexão - Paulo

Com base nos filmes visionados nas últimas aulas podemos tomar consciência do problema da inserção de crianças, ou adolescentes em idade precoce, no seio de sociedades desenvolvidas.
Esses mesmos jovens, com relevância para o caso de “Genie”, filme documental de uma adolescente com um padrão de desenvolvimento alterado na sua infância, foram objecto de estudo por parte de psicólogos e sociólogos, dada o seu desvio cognitivo e intelectual para as idades em questão. Em suma Genie, foi isolada de uma forma ímpar de todo o contacto com o mundo exterior, não desenvolvendo capacidades de socialização inerentes ao comum indivíduo. A questão levantada nas aulas aborda essencialmente a problemática da inserção em sociedade de indivíduos com capacidades aparentemente normais, ou seja, nenhum tipo de deficiência ou atraso reconhecido em alguns síndromes já nesta época(anos 70) detectados. Com este ponto de partida estabelecido, importa confrontar o padrão genético desses mesmos indivíduos com o meio envolvente ao qual estiveram sujeitos, e que por si só, pode explicar um desvio comportamental reconhecido em idades, em que à partida, existe já uma forte consciência da “regras” e padrões “normais” da vida em sociedade. Na minha opinião, nesta dicotomia: meio-génese; o meio é sobejamente mais preponderante na educação e formação do indivíduo do que propriamente o padrão genético já pré estabelecido em cada pessoa. No caso, a menina Genie, encontra um conjunto de “barreiras” intrínsecas à sua idade real ou biológica, mesmo quando abordada socialmente com todas as atenuantes respeitantes à sua condição cognitiva. São também indissociáveis os traumas resultantes de todas as situações a que a criança esteve sujeita ao longo da sua vida, e que irão despoletar mais ou menos conscientemente assim que Genie for sujeita a situações limite, como se foi provando ao longo do visionamento do filme.

Reflexão - Rui

O que separa os homens dos animais? O que realmente cria as diferenças entre um comportamento aceite na sociedade e um comportamento selvagem?
A existência de alguns casos conhecidos como crianças selvagens permite-nos formular uma teoria mais próxima da realidade. Casos como o da Genie, uma rapariga que passou a sua primeira década de vida praticamente isolada da sociedade, o pouco contacto que tinha era com o seu pai que a alimentava e a proibia de imitar qualquer som. Genie foi dos casos mais estudados de sempre, a rapariga selvagem que depois de ser encontrada encontrava-se totalmente à parte da sociedade. Não caminhava correctamente, não falava, emitia alguns sons e rosnava, entre outros aspectos.
Este caso demonstrou grande curiosidade em todo o mundo, todos os cientistas se questionaram, será que uma criança que passou toda a sua infância em isolamento, quase completo, conseguirá a voltar a ser uma rapariga normal de acordo com as normas da sociedade? Este foi uma grande oportunidade para perceber a importância da infância para o homem, ao fim de muitos anos de estudos e diferentes terapias para que a Genie se conseguisse integrar na sociedade, os resultados foram parcialmente positivos, apesar da Genie nunca chegar a conseguir falar correctamente ela aprendeu algumas palavras mas nunca as conseguiu estruturar numa frase completamente correcta, a sua forma de caminhar ficou praticamente correcta e tirando alguns ataques de pânico a Genie tinha comportamento próximos dos exigidos pela sociedade, mas não para uma mulher da sua idade mas sim de uma criança durante a infância. Apesar de todos os esforços sempre que a Genie parava ou abrandava com a terapia ela começava a regredir e a voltar a ser a criança selvagem que em tempos fora.
As conclusões que se tira de casos como o da Genie são que na infância é um fundamental um contacto muito directo com a sociedade, na nossa primeira década de vida é quando aprendemos todo o básico para nos integrarmos na sociedade e isso é um facto, a grande dúvida era se em vez de aprendermos tudo sobre a integração social nos primeiros anos de vida, tentasse-mos aprender noutra altura da vida do homem seria tão bem conseguido como na infância. Na minha opinião acho que ficou bastante credível que não. Os primeiros anos de vida são fundamentais para qualquer indivíduo ser devidamente educado. Durante as aulas foi colocada a questão de qual seria a maior influencia na formação do homem se seria o factor genético ou o factor ambiente. Acredito que o factor que mais influência é o ambiente, pois todos nos somos aceites socialmente mas também desde sempre tivemos grande interacção com a sociedade, apesar de diferentes ambientes nos rodearem, e todos temos o ADN praticamente igual divergindo em menos de 1%. Em casos extremos como os da Genie, o ADN comparadamente ao de qualquer indivíduo continua a ser praticamente igual a grande diferença é a ausência de uma relação com o ambiente externo.

Reflexão - Ricardo

Depois de visualizar o documentário sobre Genie na aula de Psicologia do desenvolvimento levantaram-se algumas questões, que fazem qualquer Ser Humano questionar a sua própria existência e procurar respostas sobre o que o distingue dos outros animais. Na própria aula, foram debatidos muitos pontos de vista, que diferiam de acordo com as experiências pessoais de cada um, surgiram muitas questões, maioritariamente de carácter ético.
Resumidamente, a história desta menina, Susan Wiley, a quem foi atribuído o nome Genie, aquando do seu descobrimento em 1970, é de uma criança que foi desde nascença escondida do mundo exterior, e presa num quarto, em que as únicas relações que mantinha com outras pessoas era apenas quando lhe era levada comida, e às vezes quando ia dormir e a levavam para um berço fechado com barras de ferro, no restante tempo do dia, ficava sentada num pote, e se fala-se ou fizesse barulho era agredida pelo pai, mentalmente desequilibrado.
Quando foi descoberta, diversos programas de inserção na sociedade foram pensados, mas no final de contas Genie nunca conseguiu realmente comunicar como uma jovem da sua idade, e nunca adquiriu os comportamentos normais dos Humanos. Depois de constatado tal facto, perguntamo-nos se o que esteve na origem de tal desvio social foi a parte genética (Genie sofria de qualquer tipo de deficiência ou retardamento à nascença) ou o mundo em que esta menina estava inserida (pais que abusavam dela e a mantinham em cativo).
Nesta batalha entre genótipo e fenótipo, a minha opinião é que a pessoa Genie foi claramente um resultado de genética considerada anormal, pois a menina já era doente e mentalmente diferente dos outros Seres Humanos, mas também do mundo em que nasceu, das paredes de uma casa onde não conheceu o amor e afectos que os progenitores, de uma forma geral, dão à descendência. Assim, Genie era carente tanto a nível genótipo como a nível fenótipo. Mas para mim, o que motivou a forma como que os pais a trataram foi realmente o seu retardamento, e portanto o que pesou mais, reforço, na minha opinião, foi o genótipo. Portanto, comparando Genie com uma balança, e tendo nos extremos genótipo e fenótipo, o que pesaria mais seria o genótipo, porque desencadeou numa primeira fase todas as acções a que o “mundo” a colocou.

Reflexão - Nuno

Com esta história podemos entender a importância que o meio tem na nossa evolução e desenvolvimento como pessoas e das nossas capacidades.
A nossa herança genética é sem duvida uma parte importante daquilo que somos, mas essas características só se desenvolvem e evoluem com a nossa convivência e participação no meio que nos envolve. Participando na sociedade, convivendo com variadas pessoas, recebendo variados estímulos para moldar e realçar as nossas capacidades, as nossas ideias, a nossa maneira de ser, as capacidades intelectuais, as capacidades físicas etc..
A relação com o meio envolvente, a nossa relação com os pais, com família, sociedade e os estímulos proporcionados por eles são sem duvida uma das melhores maneiras evolução como ser. A privação destas relações como foi o caso da menina da história, provoca “atrofias” graves no desenvolvimento das capacidades físicas e intelectuais.
Com tudo podemos concluir que uma boa envolvência com o nosso meio e estarmos expostos a variados estímulos permite-nos desenvolver muito mais as nossas as capacidades genéticas, físicas, e formação da nossa personalidade.


O documentário legendado (YouTube):